História
da Escola de Agronomia da UFBA, a partir do nascimento do Imperial
Instituto Bahiano de Agricultura
Em
meados do século passado a ciência agronômica
dava grandes saltos no continente europeu. Na Alemanha emergia,
pela mão de Justus Liebig, o ensino e a pesquisa em química
agrícola, na Universidade de Giessen. Em 1840 é publicado
seu livro Die Organische Chemie in Iihrer Anwendung, um verdadeiro
compêndio de química aplicada à agricultura,
destinado a se constituir no manifesto da agronomia contemporânea,
permitindo Liebig desfrutar da fama de ser o primeiro agrônomo
europeu da era industrial. A este avanço se somam aqueles
aduzidos por Hellriegel e Wilfarth sobre a ação fixadora
de nitrogênio por parte de bactérias que vivem em simbiose
com as leguminosas e as contribuições trazidas por
Edmund Ruffin, sobre o uso generalizado do calcário para
corrigir a acidez do solo. Estas descobertas, praticamente, fecham
o ciclo dos conhecimentos que vêm, até hoje, orientando
as teorias sobre nutrição vegetal.
Na
França, por outro lado, tinha lugar a contribuição
de Jean Baptiste Dieudonné Boussingault, cujo propósito
era o de desenvolver tecnologias com base em todos os conhecimentos
científicos disponíveis, inclusive aqueles aportados
pelo próprio Liebig.
A
Inglaterra, de sua parte, dava, pela mão de Davy Hamphry,
uma contribuição à fisiologia e à nutrição
vegetal. Os Elements of Agricultural Chemestry incorporavam as descobertas
de Cavendish, de Scheele, de Priestley e de Lavoisier, à
análise química das plantas e do solo, estabelecendo
relações entre a composição das cinzas
da massa vegetal e a composição dos nutrientes em
formas de sais, que deveriam ser incorporados aos solos quando a
análise destes revelasse carência. Também na
Inglaterra, difundia-se a contribuição de James Watt,
que consistia no uso do carvão mineral para geração
de vapor, utilizado para acionar sistemas de máquinas estacionárias
o que levou, mais à frente, seu emprego em máquinas
auto-tracionadas, precursoras do trator.
Nesse
período, de certa forma sob a influência dessa revolução
científico-tecnológica na agropecuária, surgia,
na Província da Bahia, a primeira instituição,
stricto sensu, de pesquisa agropecuária no Brasil: o 'Imperial
Instituto Bahiano de Agricultura', IIBA, com data de nascimento
em primeiro de novembro de 1859. Sua sede própria resultou
de adaptações feitas em um antigo mosteiro, situado
na localidade conhecida como São Bento das Lages, povoado
próximo a Santo Amaro da Purificação e ligado
à vila de São Francisco. Visava-se com isto aproveitar
as antigas instalações do Mosteiro de N. S. das Brotas,
pertencente à ordem dos beneditinos, que lá chegaram
antes que São Francisco do Conde ascendesse à categoria
de vila, o que se deu no fim do século XVIII, cf. da Fonseca
(1988).
A
vila foi denominada posteriormente de São Francisco do Conde
- atualmente município com o mesmo nome - por ter surgido
por influência do engenho que pertencia ao Conde de Linhares,
recebido por este como herança do seu sogro Mem de Sá,
terceiro Governador Geral do Brasil. As intervenções
físicas somente foram finalizadas cerca de quinze anos mais
tarde, em 1875 (Fiúza, 1934 e da Fonseca, 1988).
Na
sua edificação original o IIBA consistia de um pavilhão
central de três andares, onde estavam os laboratórios,
de outras construções menores de apoio aos trabalhos
de campo e de uma estação experimental. Nos seus primeiros
50 anos de vida a instituição realizou pesquisas e
experimentos que contribuíram para a expansão e consolidação
das lavouras da cana-de-açúcar, fumo, mandioca e algodão
no Recôncavo Baiano.
Valiosa
nesse período, sobretudo até a primeira década
do Século XX, foi a colaboração de pesquisadores
estrangeiros, principalmente franceses e alemães. O IIBA
foi criado com dois objetivos: ensino e pesquisa. Desde sua fundação
envolveu-se com o ensino agronômico, transformando-se, a partir
de 1920, na Escola Agrícola da Bahia. Malgrado tenha vivido
várias crises, a instituição formou centenas
de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas,
dos quais uma parte veio a se dedicar à docência e
à pesquisa em novas instituições científicas
criadas na Bahia e em outros estados. Além de sua inequívoca
importância na criação de um ambiente científico
e cultural na Bahia oitocentista, o qual repercutiu nas várias
áreas de conhecimento, teve o IIBA um papel fundamental na
organização de instituições de pesquisa
por produto, que visavam o apoio à economia agro-exportadora.
Dentre estas as mais conhecidas foram o Instituto de Cacau da Bahia,
ICB, e o Instituto Baiano de Fumo, o IBF, em cujas estações
experimentais e laboratórios foram geradas inovações
no que concerne à variedades de plantas - algumas resultantes
de cruzamentos - e à procedimentos tipo técnicas de
plantio, tratos culturais, controle de pragas e doenças e
práticas de colheita, pós-colheita e beneficiamento.
A influência do IIBA se estende até as grandes reformas
administrativas dos anos 30 e 40, que mudam a fisionomia das ciências
agrárias na Bahia.
O
propósito do IIBA, segundo seus criadores, era oferecer uma
alternativa à decadência das lavouras, introduzindo
novos procedimentos produtivos, testando e desenvolvendo novas variedades,
enfim gerando e difundindo novos conhecimentos que significassem
um avanço em relação ao que era aplicado nos
tempos coloniais. Sua criação foi uma iniciativa conjunta
da corte imperial e da aristocracia açucareira, que associavam
a decadência da lavoura de cana-de-açúcar à
falta de créditos e de políticas protecionistas, mas
também à ausência de técnicos que instruíssem
os fazendeiros, seus empregados e seus escravos.
A
idéia se materializou graças à passagem do
Imperador Pedro II pela Bahia, quando voltava de uma viagem de visitas
a outras províncias nordestinas. A viagem do Imperador ao
Nordeste tinha como objetivo encontrar soluções -
as quais, preferentemente, envolvessem o Governo Geral, o Governo
Provincial e as classes produtoras - para a crise da economia agrário-exportadora.
A crise, que já durava quase meio século, encontrava
explicação no que Furtado (1974) chama de estancamento
das exportações brasileiras, o qual repercutia sobre
o nível de renda, ocasionando um longo declínio da
economia. Em cinqüenta anos o valor das exportações
brasileiras passou de 4 milhões de libras para pouco menos
de 6 milhões, um crescimento anual de menos de um por cento.
Mesmo este pequeno aumento, teve como protagonista o café.
Excluído este produto, de acordo com o autor, o valor das
exportações em 1850 é menor que em 1800.
Segundo
Castro (1975) e da Costa (1985), o quadro se explicaria pela perda
do impulso de exportação de açúcar a
partir das primeiras décadas do século XIX, o que
se agrava nas décadas seguintes, tendo como causas o fim
das Guerras Napoleônicas e a concorrência do açúcar
de beterraba produzido na Europa e do açúcar de cana
produzido nas Antilhas, que já não viviam momentos
de grande agitação social. A estas causas, Brandão
(1998) agrega as dificuldades crescentes com a importação
de escravos e, no caso particular da Bahia, vide Mattoso (1982),
a uma epidemia de Cholera morbus, que teria dizimado 30.000 escravos.
Uma
vez em Salvador, e a par do quadro de decadência das lavouras,
Pedro II propôs uma parceria do Governo Geral com o da Província
e com a elite de produtores rurais, com o objetivo de implantar
uma instituição que se encarregasse da produção
e da disseminação de conhecimentos agronômicos
1. A boa intenção
e a receptividade não significaram, contudo, que a idéia
do IIBA se concretizasse imediatamente. O que se deu foi, somente,
o início de um processo de capitalização no
qual os governos, Geral e Provincial, aportavam recursos de seus
orçamentos, que somavam anualmente mais de quarenta contos
de réis (40:000$000), e os produtores contribuíam
com uma quota de cinco réis, por arroba de açúcar
produzido. Esta composição, que viabilizou o aporte
de recursos, foi uma sugestão bastante inovadora, até
para os dias de hoje, da parte de Francisco Gonçalves Martins,
o Visconde de São Lourenço. Em 1870, sem que os fundos
arrecadados tivessem proporcionado a conclusão do projeto,
o Conselho do IIBA propôs um acordo de cooperação
com um centro de pesquisas agronômicas europeu, a Ècole
Agricole du Grignon, sugestão logo abandonada porque iria
demandar mais recursos ainda.
No
que toca à localização da sede da instituição,
após longas discussões e disputas envolvendo interesses
de diferentes senhores de engenho e de parte da Igreja Católica,
prevaleceu a tese de que, devido ao maior dinamismo da atividade
açucareira e ao potencial dos solos de massapé, comparativamente
aos outros da Província, a instituição deveria
localizar-se no Recôncavo e nele com a maior proximidade possível
da área de maior concentração dos engenhos.
No que tange à micro-localização, em que pese
houvesse melhores alternativas, a escolha terminou por recair, como
já se fez referência, na localidade de São Bento
das Lages.
As
obras de construção da sede e das instalações
de pesquisa e ensino foram conduzidas pelo naturalista francês
Louis Jacques Burnet, inicialmente com mão-de-obra escrava
e posteriormente através de empreitada com mestres e trabalhadores
livres. Na avaliação de Burnet, a força de
trabalho escrava era pouco produtiva e descuidada 2
o que teria levado a um atraso inexplicável (Fiúza,
1934).
Durante
a fase construção e implementação das
instalações do IIBA, contribuíram dois outros
naturalistas, Louis Morreau e Frederic Maurice Draenert, os quais
se envolveram, principalmente, com a importação de
equipamentos para a pesquisa e livros para a biblioteca. Os laboratórios,
os museus, as salas de clínica e intervenções
cirúrgicas de medicina veterinária e a biblioteca,
foram bem providos em termos de instalações e de acervo.
A biblioteca, quando do início de funcionamento do IIBA,
já contava com oito mil volumes (Fiúza, 1934 e Guimarães,
1934).
O
custo total de implantação do IIBA foi de seiscentos
e quarenta e oito contos de réis (648:000$000) e antes mesmo
do início de seu funcionamento já se argumentava que
o ensino agronômico não deveria esperar que a instituição
de consolidasse em termos de pesquisa, experimentação
e adaptação de lavouras exóticas. Pesava neste
argumento a sugestão imperial para que IIBA se voltasse para
o ensino e o fato de só haver na Província um outro
curso superior, o de medicina, o que obrigava à elite baiana
interessada em outra formação para seus filhos, a
manda-los diplomarem-se em Pernambuco.
O
início das atividades técnico-científicas se
deu em 1875, com a nomeação do médico Arthur
Cezar Rios como diretor. A abertura oficial do ensino das ciências
agrárias, por sua vez, aconteceu em 15 de fevereiro de 1877,
com o início dos cursos de engenharia agronômica e
de medicina veterinária. Nesta primeira fase o IIBA contou
com dezessete professores, a grande maioria brasileiros. A instituição
oferecia, ainda, cursos técnicos, inclusive o de gerente
florestal. Para conclusão dos cursos superiores se exigia
a defesa de tese. O IIBA encerrou suas atividades em 1904 - já
com o nome de Instituto Bahiano de Agricultura em virtude do advento
da República - havendo formado 273 engenheiros agrônomos
3 , uma vez que
o curso de veterinária não se consolidou. A participação
dos donos de engenho sócios, na forma de pagamento de uma
taxa por arroba de açúcar, desaparecera há
mais de uma década. Como a instituição não
tinha uma vinculação orgânica com o Estado,
nem na esfera federal nem estadual, os problemas de manutenção
se agravaram a ponto de que sua continuação se tornou
inviável, desfazendo-se o modelo tripartite, de parceria
entre o Estado, em seus dois níveis, e os produtores de açúcar
(Fiúza, 1934 e Guimarães, 1934).
Neste
mesmo ano de 1904 o estado da Bahia decidiu assumir integralmente
a instituição, entregando seu destino a pesquisadores
estrangeiros. Diante do grande prestígio da ciência
germânica - em sua proposta da geografia da hegemonia da produção
do conhecimento, Yusa, apud Baiardi (1996), define o período
de 1810 a 1920 como sendo de inquestionável hegemonia da
ciência germânica - são contratados três
agrônomos alemães: Leo Zehutner, Julius Lohmman e Edmund
Schubert.
Curiosamente,
um destes sobrenomes, o de Lohmann, é o mesmo do cônsul
da Áustria em Salvador, na segunda metade do século
XIX. Tratava-se de um doublé de diplomata e comerciante e
foi a pessoa que proporcionou todo o apoio necessário para
que Ferdinand Maximilan da Áustria realizasse seus deslocamentos
e suas incursões no entorno de Salvador e no Recôncavo.
O Príncipe austríaco - que como 'viajante' brindou
a historiografia brasileira com o seu Reise-Skizzen, Bahia, 1860,
com 346 pgs. de relatos de grande importância para as ciências
da natureza - teve em Sr Lohmann o seu anfitrião de fato.
Durante sua passagem por Salvador, quando fez observações
e classificações zoo-botânicas que depois resultaram
em texto com 104 pranchas, das quais 32 coloridas, Maximiliano 4
não teve contato com as autoridades da Província (Habsburgo,
1982).
A
liderança da nova instituição, então
denominada de Instituto Agrícola, é confiada ao pesquisador
Leo Zehutner, que vinha trabalhando com agricultura tropical na
ilha de Java. Em sua primeira manifestação oficial
o pesquisador alemão condenou o ensino agronômico que
se conduzira no IIBA, taxando-o como excessivamente teórico,
voltado para a formação de "bacharéis",
que estavam mais interessados em empregos públicos que em
dedicar-se à agricultura. O reduzidíssimo número
de engenheiros agrônomos que após a graduação
no IIBA foram conduzir atividades nas fazendas do Recôncavo
ou de outras regiões do estado, era, para Leo Zehutner, um
indicador de que o curso de agronomia deveria suspender seu funcionamento
até que houvesse uma grande produção científica
e técnica no Instituto. Estes já eram os primeiros
sintomas de uma série de crises institucionais, as quais
dão início a um processo de desestabilização
que viria, anos mais tarde, fazer desaparecer a instituição.
A sua manutenção, que sempre fora responsabilidade
da administração federal, passa para esfera provincial,
retornando em seguida para a órbita da União para,
poucos anos após, reintegrar-se, definitivamente, no âmbito
do Governo estadual. Com essa sucessão de mudanças,
o IIBA entra em decadência e como instituição
pioneira da pesquisa agropecuária no Brasil só recupera
alguma importância, como se verá mais adiante, quando
se transforma na Escola Agrícola, na década de 20,
A
direção de Leo Zehutner, que durou seis anos, permitiu
a atração de outros pesquisadores estrangeiros. Neste
período vieram da Europa Ph von Schultzeburg, Paul Bigler,
Paul Huart Chevalier, Zolinger e Charles Reginald Girdwood . Em
que pese sua grande dedicação, Leo Zehutner não
obteve o apoio que necessitava para manter uma instituição
científica nos padrões que ele exigia. Por volta do
fim da primeira década deste século, a instituição
já havia passado por várias mudanças, tendo-se
convertido em 1911 na Escola Média Teórico-Prática
de Agricultura, com o acervo e a administração passando
ao Governo Federal, a qual também tem vida efêmera.
O
majestoso edifício que foi sede do IIBA somente abrigaria
novas atividades em 1920, quando o estado da Bahia, mais uma vez,
assume o acervo e recria o curso de agronomia por meio da Escola
Agrícola, o qual permaneceu em São Bento das Lages
até 1929. A partir de 1930 a Escola é transferida
para Salvador, para a antiga Hospedaria dos Imigrantes de Mont Serrat,
onde hoje funciona o CRA, Centro de Recursos Ambientais, aí
permanecendo até 1945 quando, com o nome de Escola Agronômica
da Bahia, é, mais uma vez, transferida, desta feita para
o município de Cruz das Almas, vinculando-se à Universidade
Federal da Bahia, a partir de 1970.
Em
que pese sua vida efêmera, o IIBA, como já se salientou,
deu uma contribuição significativa para a expansão
e consolidação da agricultura e da agroindústria
baianas. Além da atividade científica propriamente
dita, a instituição orientava também a implantação
da infraestrutura econômica das regiões produtoras,
fazia fomento e prestava assistência técnica à
produção e à comercialização.
O IIBA legou nos seus primeiros 50 anos de vida um rico acervo de
técnicas para as lavouras da cana-de-açúcar,
fumo, mandioca e algodão. Merecem destaque os resultados
relativos à seleção e à introdução
de espécies e variedades, práticas de conservação
do solo, tratos culturais e controle de infestações
de pragas e doenças, por meio do uso de substâncias
naturais e sais de cobre e cálcio. Compunham também
o acervo de conhecimentos gerados por essas pesquisas as informações
sobre a produção de açúcar e álcool
e sobre o manejo animal.
A
história do "Imperial Instituto Bahiano de Agricultura,
IIBA, pode ser resumida nos seguintes grandes períodos:
1)
Fundação e Construção (1859 - 1875),
na localidade conhecida como São Bento das Lages, localizada
atualmente em São Francisco do Conde, Bahia;
2)
Abertura Oficial do Ensino das Ciências Agrárias,
em 15 de fevereiro de 1877, com início dos cursos de Engenharia
Agronômica e de Medicina Veterinária;
3)
Encerramento das atividades em 1904 (o nome de Imperial Instituto
Bahiano de Agricultura já havia sido mudado, pois sugeria
uma forte vinculação com o Império), em virtude
das crises da República. Formara 273 engenheiros agrônomos.
4)
A Província da Bahia Assume Integralmente a Instituição,
entregando seu destino a pesquisadores estrangeiros. São
Contratados três agrônomos alemães: Leo Zehutner,
Julius Lohmman e Edmund Schubert.
5)
Leo Zehutner Desiste da Direção por Falta de Apoio
à Manutenção da Instituição nos
Padrões que ele Exigia. O Instituto Agrícola encerra
suas Atividades em 1911.
6)
O Acervo é Passado ao Governo Federal, que o utiliza
para a instalação da "Escola Média Theórico-Práctica
de Agricultura, a qual tem vida efêmera, funcionando de 1912
até 1920.
7)
O Majestoso Edifício que foi Sede do Imperial Instituto
Bahiano de Agricultura é desativado e somente seria Sede
de Novas Atividades em 1920, quando o Estado da Bahia, através
de sua Secretaria de Agricultura, mais uma vez, assume o acervo
e recria o curso de Agronomia, o qual tem continuidade até
os dias atuais funcionando em Cruz das Almas e vinculado à
Universidade Federal da Bahia a partir de 1970, após um período
efêmero de funcionamento em Salvador na Hospedaria dos Imigrantes.
1.
O Imperador D. Pedro II, inequivocamente um homem com sensibilidade
para apoiar a produção do conhecimento, tinha por
hábito estimular que terceiros também o fizessem.
Consta que esses 'mecenas' da ciência que ele conseguia gerar,
eram todos condecorados com uma pequena medalha do mérito
científico.
2. A respeito da propalada
desqualificação da mão-de-obra escrava, ver
estudo de Costa Pinto contestando esta visão (1988).
3. Como era de se esperar,
a maior parte dos que se graduaram em agronomia pertencia à
elite baiana, sendo que parcela significativa tinha sobrenome relacionado
com a aristocracia agrária.
4. Antes de Maximiliano Habsburgo,
um outro príncipe austríaco com o mesmo prenome, Maximiliano
Wied, visitou o Brasil na condição de viajante erudito,
aqui permanecendo de 1815 a 1817 (Pinto, 1985).
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